03 December 2008

Electrónica transparente - Made in Portugal

A revolução do transístor de papel

03 de Dezembro de 2008, 14:20
Em 2003 Elvira Fortunato construía o primeiro transístor transparente do mundo feito à temperatura ambiente. Este foi o factor distintivo que a fez ter outra ideia: fazer um transístor de papel.


A descoberta da investigadora experimentalista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa tem corrido mundo. A novidade abre um novo leque de possibilidades na área da electrónica descartável, com o fabrico, por exemplo, de etiquetas inteligentes.

Já os transístores e circuitos transparentes desenvolvidos por Elvira Fortunato, Rodrigo Martins e a sua equipa do CINEMAT (Centro de Investigação de Materiais ) abriram portas a parcerias com empresas como a Samsung, a Fuji, a LG, a Saint Gobain, a HP e a Fiat. No sector automóvel, a Ferrari ocupa lugar de destaque: a empresa quer ter todos os mostradores ao nível da visão do condutor, implantados no vidro da frente do automóvel. O trabalho está ao cargo de Elvira Fortunato e da sua equipa.

18 November 2008

Passeio de BTT

No fim de semana em que um dos nossos colegas foi novamente até à antiga Pérsia, para mais umas semanas de trabalho, os outros, aliás, alguns dos outros (houve uns que ficaram na cama, ou não... !) aceitaram o desafio lançado pelo PR e lá fomos até perto da Maceira, para passar uma manhã de domingo bem passada em cima da bicicleta. Não foi a manhã toda, porque felizmente parámos muitas vezes para descansar as pernas e sobretudo a "assentadeira". O tempo estava óptimo, o percurso é de facto "porreiro", se bem que perigoso, pelo menos para estreantes como eu. Aquele trilho no bosque junto ao ribeiro, que termina naquela pequena ponte de madeira, é de facto um espectáculo. O trilho é repleto de vegetação e troncos que nos obrigam a olhar não só para onde temos de andar com a roda da bicicleta, mas também para os troncos que estão à altura das nossas cabeças e à espera que um dos nossos capacetes seja posto à prova. Se a roda da bicileta calha a sair do trilho, uiiiiii.
Foi de facto uma manhã de domingo bem passada, claro que no domingo à noite algumas partes do corpo, entenda-se quase todas, estavam um pouco recentidas, fruto não só da falta de pernas, mas sobretudo pela falta de calo.
Quanto à minha bicicleta em particular, sem suspensão e com o carreto mais pequeno da frente a não querer entrar, depois de ter sido estreada e de ter feito uns bons quilómetros nos caminhos da Curvachia à cerca de 20 anos atrás, ainda numa altura em que eu éra ainda um rapazinho com pernas para aquilo, e com uns bons quilos a menos, posta lado a lado com as bicicletas de alguns dos nossos colegas mais "profissionais" foi apelidada de monte de ferro, ora aí está... Como se não bastasse ainda andei uns metros nessas bicicletas marcas XPTO, com suspensões, travões disto e aquilo, quadros sei lá o quê, e pronto começou-se a formar a ideia de que seria interessante comprar uma nova bicicleta, ideia essa resfriada de imediato ao saber o preço das ditas cujas.
Bem, deixo aqui algumas fotos do evento e deixo sobretudo o agradecimento ao PR que teve a ideia de juntar a malta para este passeio, e também ao nosso caloiro do PA, que se não tivesse ido, para obrigar a caravana a descansar de vez em quando, quem se tinha negado éra eu (e mais um ou dois companheiros ;-) ), sim porque tinhamos levado uma coça dos prós, que nem andavámos direitos hoje...



03 November 2008

PPEC 2007

Segundo o balanço apresentado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), as medidas de eficiência energética aprovadas no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC) de 2007 já permitiram uma poupança equivalente ao consumo anual de 195 mil famílias.

As medidas adoptadas pelo PPEC revelam maior impacto do sector residencial, com a instalação de lâmpadas economizadoras e frigoríficos energeticamente eficientes a permitir a poupança de 26 milhões de euros (equivalente ao consumo anual de 98.388 famílias). Já no sector industrial foram poupados 20 milhões de euros (equivalente ao consumo anual de 65.000 famílias) e evitou-se a emissão de 68 mil toneladas de C02 para a atmosfera. Finalmente, o comércio e serviços poupou seis milhões de euros (equivalente ao consumo anual de 32.093 famílias).

O PPEC foi lançado pela ERSE para promover a eficiência energética e reduzir o consumo até 2010, no âmbito do Protocolo de Quioto. O objectivo é incentivar as entidades que actuam no sector energético a apresentarem medidas como a instalação de equipamentos com eficiência energética superior e a disponibilização, junto dos consumidores, de informação relevante sobre a eficiência no consumo de electricidade e os seus benefícios, implementando hábitos de consumo mais eficientes.

28 October 2008

Nota Técnica: Direct Data Exchange ou S7 Connection, qual utilizar?

Interligar dois PLCs Master (Siemens) via profibus, pode ser feito com DP/DP Coupler ou usando uma carta CP 342-5, por exemplo, num dos PLCs. O PLC da Máquina (Master) vai trocar dados com um PLC da fábrica (Master), via profibus (ver figura do post anterior). A forma que mais temos usado é o Direct Data Exchange, em que são configurados um X bytes de Input e Y bytes de output, bytes esses que são directamente endereçados como as DIs/DOs. Esta forma de comunicação tem de ser configurada nos dois PLCs que pretendem trocar dados e permite trocar até 256 bytes no total.
Existe uma outra forma que é o S7 Connection, na qual se podem usar funções como o PUT e o GET (usado no projecto da Turquia, penso eu). Neste caso a comunicação é feita por request podendo ser unidireccional ou bidireccional. Para implementar uma comunicação unidireccional é necessário ter uma carta do tipo CP 342-5 num PLC, ou nos dois caso se pretenda bidireccional. Se for unidireccional a configuração é feita apenas no do CPU que tem a carta CP. Mesmo com uma comunicação unidireccional podem passar dados nos dois sentidos usando o PUT e GET no PLC que tem a carta CP 342-5, ou seja, com o PUT é possível escrever e com o GET é possível ler dados do outro PLC. Para que as funções PUT e GET funcionem é necessário activar uma S7 Connection no NetPro (botão direito em cima do CPU -> Insert new connection -> Connection Type = S7 Connection -> ok. Na janela Properties S7 Connection escolher CP 342-5 no CPU Local e MPI/DP no CPU Partner. Ainda nesta janela é mostrado o ID da conexão que vai ser usado nas funções PUT e GET). Este tipo de comunicação também pode ser usado para uma ligação Ethernet, entre dois S7 317 PN/DP por exemplo, e permite trocar dados até 240 bytes.
Finalmente, neste projecto tem que usar o Direct Data Exchange.

Nota Técnica: OLM Siemens

A 1ª vez que liguei a rede profibus (ver figura) o OLM do lado da Máquina não funcionou (a comunicação profibus não se estabeleceu), ou seja o LED System ficou a piscar a vermelho. Isto significa que o baud rate não foi ainda detectado (podendo a origem deste problema estar em diversas razões - ver PI_OLM_e.pdf). O facto de este OLM não detectar a velocidade da rede profibus deve-se (penso eu) ao facto de estar ligado ao slave DP/DP Coupler. A solução para esta questão passou por ligar o cabo do master da rede (S7 317) a esse OLM e o LED System ficou verde fixo. Restabelecendo as ligações da rede profibus, o OLM já funcionou e a comunicação estabeleceu-se (LED CH1 e CH2 cor laranja fixo). Mesmo desligando e voltando a ligar a alimentação o OLM não perde o baud rate. Mudando a velocidade da rede é possível que seja necessário fazer este procedimento novamente.

03 October 2008

Variadores ABB com CANopen

A EST é certificada para vendas, dimensionamento, suporte técnico, formação e comissionamento de variadores da ABB ACS55, ACS150, ACS350, ACS550 e ACS800 Os variadores da ABB podem comunicar em rede industrial CANopen através de um módulo RCAN-01. Ontem fui comissionar um destes que já estava devidamente configurado em rede pelo que este apontamento não é sobre a comunicação, mas sobre o controlo. Os dados enviados são uma word de controlo e uma word com o setpoint da velocidade.
O truque está na word de controlo em que os bits são os seguintes:
bit 0 - Switch on
bit 1 - Disable voltage
bit 2 - Quick stop
bit 3 - Enable Operation
bit 4 - Ramp function generator disable
bit 5 - Ramp function generator stop
bit 6 - Ramp function generator zero
bit 7 - Reset fault
A documentação não é explícita sobre a utilização dos bits e os bits 0, 3 e 7 são lógicos, mas os bits 1,2,4,5,6 são negados, ou seja têm de estar a "1" para o normal funcionamento do motor.

23 September 2008

Ajuste de loops PID

Tenho andado de volta de ajuste de malhas PID.
A primeira questão importante é saber quando é que o loop já está afinado.
Existem 3 condições:
1 - A fábrica não explodiu.
2 - O valor do processo (PV) está relativamente próximo do pretendido (SP) .
3 - O cliente diz que podemos ir para casa.

Existem alguns métodos "científicos" para fazer o ajuste dos PID, melhores que o habitual "tentativa e erro". Sobre esses talvez fale aqui mais tarde.
O método de tentativa e erro faz-se assim:
1 - Ajuste de KP (Ganho Proporcional), aumentando o valor para melhorar o tempo de subida até haver um bocadito de overshoot (o PV ultrapassar o SP) e instabilidade.
2 - Ajuste de KD (Ganho Derivativo), aumentando o valor para diminuir o overshoot. O aumento do KD é o mesmo que diminuição do tD (tempo de Derivativo).
3 - Ajuste de KI (Ganho Integral), aumentando o valor para diminuir o erro em regime estacionário. O aumento do KI é o mesmo que diminuição do tI.
4 - Voltar a ajustar os valores KP, KD, KI até obter a resposta pretendida.

Mais algumas notas:
- Manter o controlador tão simples quanto possível, mas não simples de mais. Isto significa que se a componente P bastar para a resposta desejada, deixam-se as componentes I e D desabilitadas. Da mesma forma se um PI ou PD forem suficientes, não se implementa um PID.
- Ao ajustar um valor (o ajuste deve ser feito em apenas um parâmetro e em pequenos passos da ordem dos 5%), é preciso alterar o setpoint e esperar o tempo necessário consoante o processo para que essa alteração se reflicta na resposta. Em alguns processos é preciso alterar o setpoint duas vezes, aumentando e diminuindo, pois a resposta é diferente.
- Se um sistema está a trabalhar bem, não lhe mexa!

21 July 2008

Um intervalozinho... entre obras

Como nem só de trabalho vivem os colegas da EST (apesar de algumas esposas, não concordarem), juntaram-se 11 colegas de trabalho e sobretudo amigos, na tarde do passado Sábado no Arrabal, a desculpa foi mais uma vez, uma certa pessoa ter feito anos e ter que se gastar o barril da cerveja que por esta altura do ano, acenta arraiais por aquelas paragens, como tem sido hábito nos últimos anos.
Como é lógico quase ninguém apareceu há hora marcada, às 17h, são quase todos engenheiros e sofrem deste problema de pontualidade, desde que descobriram a vocação, diga-se em bom abono da verdade que o a anfitrião (eu), até não estava preocupado, pois tinha acabado o almoço, na companhia da familia e da tal máquina de tirar loiras fresquinhas, por volta das 16:15h, e que seria bastante complicado, se a malta chegasse mesmo às 17h.
Continuando... a malta lá foi aparecendo e as brasas acenderam-se por volta das 18h (+/-), enquanto as brasas se faziam, o CC e o JMM armados em especialistas do churrasco, lá foram espremendo uns limões e migando uns dentes de alho para temperar as desejadas lentriscas, chouriças e morcelas (receita simples, mas saborosa, de um tio do CC). Parece que o tal molho estava bom, o barril foi ficando vazio e a travessa da carne também... tenho ideia que da outra vez, sem o molho, a travessa aguentou-se mais tempo, para o ano, ou compro mais lentriscas, ou vai sem molho ;-).
Bem, ainda antes de passarmos para a cave, onde estava 1/2 "grunho" à nossa espera, assado aberto em forno de lenha, especialidade do pai do CC, que graças ao filho e mais alguns amigos e vizinhos, vai tendo oportunidade de nunca se destreinar no controlo do forno (sacrificios que temos de fazer, claro está, em prol da gastronomia regional).
Quanto ao barril, começou a espumar-se por altura dos convivas mudarem da esplanada junto à churrasqueira para a cave, tendo havido necessidade de trocar para o barril de reserva, sim que nestas coisas temos de ser como no trabalho, profissionais e prever as piores situações.
Quanto às duas faltas de comparência, do PR e do NV, teremos de analisar bem as justificações apresentadas... :-)



13 July 2008

Aqui há gato...

Pois é..., nunca uma frase feita, foi tão bem aplicada como a de "aqui há gato". Alguns dos colegas já ouviram falar do gato que encontrámos durante numa das últimas obras que fizémos, mas para quem ainda não sabe bem de que gato estamos a falar e do trágico fim que ele teve, aqui fica a foto.Como podem ver, o gato entrou dentro de um quadro eléctrico em tensão e conseguio "agarrar-se" em simultâneo a duas fases e ao neutro de um dos barramentos do quadro.
Com a experiência que temos de ver estes nossos amigos felinos atrás dos roedores, que tanta dor de cabeça dão aos electricistas das fábricas, facilmente podemos imaginar o que terá acontecido. O felino da foto, durante mais uma das suas caçadas a um roedor, certamente se deve ter deixado entusiarmar em alguma perseguição veloz, o que aliádo ao facto de não ter conhecimentos básicos de electricidade, ditou o seu trágico fim.
É comum dizer que os gatos têm sete vidas, mas este ou já tinha gasto 6, ou gastou-as todas aqui e não foram suficientes.

Fiquem os leitores a saber que a remoção do gato obrigou a desligar durante alguns segundos (poucos, cerca de 7, apenas o tempo suficiente para remover o gato em segurança) toda a instalação eléctrica alimentada por este quadro eléctrico, instalação essa considerada bastante critíca, o que nos obrigou a fazer pedidos de autorização superiores, explicações, etc. Enfim, uma trabalheira, e porquê? Porque aqui à gato, aliás, havia...

PS: Imaginamos que o rato, mais pequeno e ágil, e certamente com muita sorte, tenha escapado ileso, pois o seu cadáver não foi encontrado dentro do quadro...

09 July 2008

Estrela ou Triângulo ?

Estamos a fazer comissionamento de motores e por vezes aparece algum com uma placa de caracteristicas um bocadinho diferente. Por exemplo esta:
Este motor, para arranque directo, deve ser ligado em estrela ou em triângulo ? E porquê ?
Respondam aqui nos comentários, talvez se encontre um prémiozito para a melhor resposta.

07 July 2008

A maior metamorfose de todos os tempos

Ontem em Alcobaça aconteceu um espectáculo intitulado “A maior metamorfose de todos os tempos” pelo ilusionista Luís de Matos. Era um espectáculo prometido à um ano caso o Mosteiro de Alcobaça fosse eleito uma das 7 maravilhas de Portugal e custou à Câmara Municipal a módica quantia de 180000 euro.

Gosto de ilusionismo e tinha o Luís de Matos em boa conta, pelo que estava a contar com um bom espectáculo, aliás o marketing feito à volta do evento, isso indicava e até o facto de a hora marcada ser 22:13 revelava algum cuidado com os pormenores.

Afinal a metamorfose foi a transformação de um espectáculo de ilusão numa desilusão ou a metamorfose de um ilusionista genial em charlatão. Não sei se a culpa foi do Luís de Matos ou da Câmara, mas nem um nem a outra deveriam deixar que isso acontecesse. Um bocado de conversa sobre metamorfose e um único número já realizado pelo próprio umas 4 ou 5 vezes no século passado: uma fuga de colete-de-forças pendurado numa corda a arder (até a corda a arder tinha um visível cabo de aço, para o caso de arder mesmo). Quando desceu, o homem foi-se embora e ficou toda a gente parada à espera do resto do espectáculo. Incluindo o presidente da câmara e restantes VIPs. Foi triste.

Não ponho em causa a díficuldade do número, eu por aquele dinheiro não me deixava atar e pendurar de cabeça para baixo a 40 metros do chão. Mas por 0,1% do dinheiro gasto podiam ter pedido aos escuteiros para lá irem cantar umas músicas.

Isto é completamente off-topic, não tem nada a ver com automação, mas tinha de desabafar, por isso cá está. Se houver muita gente a ler isto (lol) que não goste deste post que me diga e eu prometo apagá-lo

29 June 2008

Em bom português

Após mais um inexplicavel interregno de 2 meses, mais um apontamento. Desta vez sobre a nossa lingua.
Surgiu-nos a dúvida sobre a correcta forma de escrever uma forma de acoplamento "falange" ou "flange" e eu fiquei de esclarecer o assunto. No meu dicionário da Porto Editora de 87 só tenho falange como osso da mão e também como divisão militar, portanto fui ao google, que tem sempre tudo, desde que se saiba procurar.
E assim encontrei no blog Assim Mesmo um apontamento sobre o assunto. Se não quiserem lá ir fiquem a saber que o correcto é flange. Mas eu aconselho a passarem por lá para verem e aprenderam mais coisas de bom Português. Lá está que o plural de LED é LED, pois LED é o acrónimo de Light Emitting Diode e como todos os acrónimos não leva 's' no final, portanto não se escreve LEDs.
Até breve, tenho umas coisas para escrever sobre CANOpen, mas não sei se deva...

16 April 2008

Cada um desce as escadas como quer


No mesmo curto fim-de-semana e no mesmo parque, temos aqui o General do império dos escorregas. Este garoto, além de fazer habilidades tipo esta de descer o escorrega às cambalhotas, geria as filas de espera, era o único que podia subir pelas descidas e não deixava mais ninguém fazê-lo e se subia pelas escadas era porque era atrás de alguma cachopa que lhe agradava.
De notar outro pormenor que á a poça de água à saida do escorrega: Os mais pequenitos ou tinham a sorte de os pais se aperceberem e de os esperarem cá em baixo ou então ficavam com os pés de molho. Mas eu não faço filmes dessas maldades.

A mais pequena Roda Gigante do mundo


No passado fim de semana (entenda-se sexta-feira à tarde) fui ao meu passeio dos tristes ao emblemático Tagh-e Bustan. Entre muitas outras atracções estava esta simpatica "roda gigante" portátil. O operador desta máquina consegue-lhe dar as variações de velocidade necessárias ao delirio do publico, que nem o mais aperfeiçoado sistema de automação conseguiria.

14 April 2008

Tragam o champanhe

Tenho andado a a fazer testes em carga com pouco produto, pois eles anda não tinham autorização para ensacar e então os coitados andavam a ensacar, acartar os sacos em carros de mão para o armazém e despejá-los outra vez. Todos os dias na reunião matinal eu insistia no assunto, mas sem resultados. Hoje de manhã, sem ninguém esperar, veio cá a SGS visitar o local à tarde apareceram 8 camiões e já prometeram mais 33 para amanhã. Não há fome que não dê em fartura.

Nova página da supervisão das bagging lines:

E a página da zona da Shuttle e bagging hoppers para verem as quantidades do dia:
Nada mal para o primeiro meio-dia. Só a linha B é que não pode trabalhar (problemas mecânicos como de costume). As outras linhas trabalharam todas em automático, embora algumas com alguns problemas nas máquinas de coser os sacos (out of my scope). E os operadores gramam com pó à brava, pois os sistemas de despoeiramento, também ainda têm problemas.
Foi preciso dar um empurrãozinho nos programas das linhas de ensaque (Haver & Boeker), pois têm um sistema engraçado de parar os tapetes pela contagem de sacos, mas estavam a parar também o tapete depois do contador.
Muito público, como acontece sempre nas inaugurações (aqui ainda mais) com os chefes todos e tudo. Só faltou o champanhe.

Mas não pensem que está tudo feito. Ainda tenho por aqui trabalho para mais uma semanita.

Azadegan Hotel

Desta vez fiquei no hotel Azadegan. É a segunda vez que cá fico (das outras duas vezes fiquei numa guest house) E desde a outra vez para cá teve alguma evolução, mas não tanto como eu gostaria. Agora tem um site e em vez de uns porta-chaves grandes, tem uns cartões com chip para abrir as portas dos quartos. Fiquei entusiasmado com a inovação e ainda mais quando vi as portas dos dois elevadores abertas.
Afinal quanto aos elevadores era só para enganar. Da outra vez estava um a funcionar e desta vez o outro. Penso que eles têm dois, para puderem ter sempre um avariado.
Os cartões não são gravados a quando do checkin (o que normalmente traz problemas se a pessoa fica mais tempo do que o previsto). Aqui são fixos, sem validade, gravados para cada quarto, com uma etiqueta autocolante com número do quarto (escrita à mão, mas com números persas e números normais). Mas nos dias em que me esqueço do cartão no bolso e não o deixo no balcão, não há limpeza no quarto. Devem ter perdido as chaves todas e não têm cartão mestre.
Têm pessoal novo, mas não contrataram ninguém que saiba falar inglês, e dos que já lá estavam e falam qualquer coisita, a maioria já está mais à vontade comigo e já quase todos me perguntaram se lhes arranjava emprego na Europa. Há um que me informa quais são os dias em que lá vai estar hospedado pessoal da Iran Air pois quer que eu tire fotografias às hospedeiras.
A comida continua igual, os pratos do costume, o menu apenas em persa, mais uma vez tive de comprar azeite para a salada e frutas para o pequeno almoço.
Satelite nada. Todos os dias prometiam para o dia seguinte a vinda do técnico de Teerão para arranjar aquilo. Ontem disse que também era expert em satelite e ofereci-me para ver o problema. O sistema é um bocado caseiro, tem três receptores de satelite, com aspecto baratucho, que recebem o sinal de dois cabos (2 antenas ou 2 LBNs da mesma antena) e estão sintonizados para BBC, Euronews e Aljazira. Essas três saídas e mais um vídeo e mais um DVD(com uns conversores marados) vão juntos ao misturador, passando por duas caixas que têm aspecto de ser amplificador/filtro de sinal. Andei por lá a ligar e desligar cabos, com uma televisão em cima duma cadeira e consegui pôr a BBC a trabalhar. As outras não, porque o outro cabo não trazia sinal e eles não se mostraram muito dispostos a que eu fosse ao telhado. No Hall já dá para ver a BBC. Voltei ao meu quarto no terceiro andar, mas nada. No entanto os japoneses que souberam ao jantar que eu estava de volta do assunto, hoje de manhã deram-me os parabéns muito satisfeitos por terem a BBC. Se calhar logo vou amplificar um bocado mais o sinal (fica a imagem estragada no hall, mas talvez consiga ver no meu quarto).

O Povo

Blog O Povo - Artigos, comentários e notícias que correm o risco de não ser notícia na comunicação social que nos rodeia, apesar de incidirem sobre o que mais interessa à vida e a um juízo sobre o que se passa à nossa volta.
Eu diria que é um blog para ajudar a pensar. Tem opiniões de várias pessoas, não temos de concordar com tudo, mas vale a pena ir lendo.
Fiquem bem e boa semana de trabalho.

13 April 2008

Atentado

Houve ontem um atentado aqui no Irão.
Causou 9 mortos e cerca de 105 feridos numa mesquita.
Foi em Shiraz, a mais de 750 Km de distancia daqui.
Parece que o hoyatoleslam estava a fazer uma homilia sobre (contra?) alguns grupos extremistas e tinha muitos jovens a ouvi-lo.
Para já não há qualquer motivo para preocupação.
Até breve

Como é que se faz ureia ?

Eu explico.
Primeiro, o que é a ureia? É um fertilizante, ou adubo, que tem alguns componentes químicos que ajudam a terra a alimentar melhor as plantas. Existem fertilizantes orgânicos (tipo esterco) e minerais. Dentro dos minerais existem muitos, mas os mais conhecidos são os ricos em fosfatos (como os produzidos na fábrica de Safi, em Marrocos, cuja matéria prima são pedras) e os ricos em nitratos (como a ureia, produzida aqui em Kermanshah).
A ureia é o fertilizante mais rico, da sua espécie, tendo 45% de nitrato. Mas se querem saber mais coisas sobre fertilizantes espreitem em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante .

Vamos então ao processo (não é para fazer em casa): As matérias primas são gás natural, ar e água. Há de facto duas fábricas: A primeira é de amónio e a segunda é que é a de ureia, que recebe como matéria prima a produção da primeira.
Além das matérias primas é preciso uma grande quantidade de tubos, depósitos, caldeiras, compressores, turbinas, reatores, etc, etc, tudo direitinho no seu devido lugar e pronto. (deixo aqui os diagramas para ficarem com uma ideia)


Além do processo principal, também há a ETAR, 3 GTG (co-geração), despoeiramento e outras utilities.
Só mais uma nota: Quando há uma paragem geral, como aconteceu na quinta-feira passada, o arranque demora cerca de 4 dias a correr tudo bem. São dois dias e tal para o arranque na fábrica de amónia e mais um dia e meio para a ureia.
Se quiserem saber mais coisas, perguntem.

Estou de volta

Estou de volta ao blogging. É uma vergonha: 4 Meses sem uma novidade. Não pode ser assim. Ó colegas vamos a acordar.

Estou de volta a Kermanshah. Já cá estou à 3 semanas. Em breve conto-vos as novidades.

Eu queria era estar de volta de Portugal, já falta pouco...

11 April 2008

18 Anos Parabéns EST!



Este blog deseja à EST, a todos os seus colaboradores e amigos, muitos parabéns e muitos anos de vida feliz.